As diferenças entre um estadista e um vigarista

O estadista faz escolas. Mais de 6 mil. Em 2 estados do Brasil. Só no Rio Grande do Sul, foram mais de 5 mil. No Rio de Janeiro, 500 mil vagas oferecidas nos mais de 500 ciep’s construídos. Oferece atendimento médico, odontológico, psicológico. As crianças tem acompanhamento de psicólogos e pedagogos, além de boa alimentação, várias vezes ao dia. E as escolas, vale lembrar, eram de tempo integral.
O vigarista, além de não construir escolas, as sucateia. Coloca placas bonitas e pinta por fora os prédios, mas por dentro os colégios não tem estrutura nenhuma. O vigarista aterra as piscinas das escolas, por achar a manutenção “cara”. O vigarista não dá importância à merenda escolar, distribuindo “lanchinhos” de valor duvidoso, tanto financeiro quanto nutricional.
O estadista, quando os transportes estão deficientes e as empresas ganhando rios de dinheiro às custas do povo, estatiza os serviços, passando-os para a administração pública. Ele revitaliza uma empresa de carrocerias, para reestruturar uma cambaleante companhia de transportes coletivos e oferecer mais linhas com maior número de veículos. Tudo isso sem visar o lucro, apenas um serviço que atenda à população mais pobre com um menor custo possível.
O vigarista privatiza os transportes, os entrega nas mãos de grupos financeiros e econômicos que visam apenas o lucro, oferecendo um péssimo serviço, com um valor altíssimo. Quando os empresários querem aumentar ainda mais o lucro, o vigarista subsidia o valor da passagem, com recursos públicos. O vigarista é lacaio das empresas de ônibus, do trem, das barcas e do metrô privatizados, pois foi financiado com o dinheiro deles, roubado impiedosamente do povo trabalhador e explorado.
O estadista é visto nas ruas, nos grandes momentos do país, sempre ao lado da democracia. É protagonista de eventos que entram para os livros de história. É inclusive perseguido pela defesa dos interesses do povo mais pobre. Ele é reconhecido nacional e internacionalmente pelas suas idéias e suas lutas.
O vigarista é aproveitador. Só aparece nos bons momentos, com celebridades, sendo um verdadeiro papagaio de pirata. Nos momentos de dor e tragédia, ele some, desaparece misteriosamente. O vigarista consta nas colunas sociais, na melhor das hipóteses. Quando não, aparece nas páginas policiais...
O estadista tem um passado ilibado. Vive bem, mas sem grandes fortunas. Sua opinião é respeitada. O povo o escuta. Quando morre, o povo chora, sente, se lembra. O estadista é adorado, venerado.
O vigarista tem uma vida nebulosa. Vive bem, mas com grandes fortunas, muitas vezes sem comprovação da origem. O povo não o respeita. Só é lembrado se virar nome de rua ou viaduto.
O estadista pensa na próxima geração.
O vigarista, na próxima eleição.

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