Os prefeitos do Rio e o espírito de Pereira Passos

Essa é rápida. Ao passar pela favela do Metrô, aquela bem na entrada da estação de trem da Mangueira e em cima do túnel do metrô entre as estações do Maracanã e de Maria da Graça, lembrei do Pereira Passos. Por quê?
A favela do Metrô está sendo removida, para dar lugar, muito provavelmente, às novas pistas da Avenida Radial-Oeste (me recuso a chamar de Castelo Branco) e do início da Rua 24 de Maio, que serão alargadas para os próximos eventos que nossa cidade sediará.
Tudo em nome de quê? Da modernidade, do progesso, da civilização, etc, etc, etc. Algo que vem desde a época do Pereira Passos, prefeito muito familiar aos que estudam a cidade do Rio de Janeiro, implantador de reformas urbanas que, de certa forma, descaracterizaram o centro antigo do Rio.
Ao ver todas as "reformas" pelas quais a nossa cidade passou, chego a conclusão quase que kardecista de que grande parte de nossos prefeitos é possuída, temporária ou permanentemente, pelo espírito demolidor de Pereira Passos.
Querem sempre deixar sua marca, fazer grande obras (e também grandes destruições...), remoções de favelas, conjuntos habitacionais em meio ao mato, ruas que ligam nada a lugar algum, planos viários que nunca saem do papel, etc. O problema é que a cidade está sempre em obras, mas nunca fica pronta...

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