No aniversário do Rio, historiador revela curiosidades da fundação da cidade

POR ÉLCIO BRAGA

Rio - Você pisa em história e nem se dá conta. Pode passar pelos lugares que marcaram a fundação da Cidade do Rio de Janeiro sem refletir sobre o que ocorreu ali há exatos 446 anos. Afinal, esses locais estão fora dos guias turísticos. Não há referência de que por ali cruzaram os primeiros moradores da futura Cidade Maravilhosa.


O professor Milton Teixeira é dos poucos que sabe onde pisa. Diretor do Sindicato dos Guias do Rio de Janeiro, é dos mais requisitados historiadores do Rio. Milton aceitou nos apresentar esses pedaços de chão tão significativos, escondidos com o passar dos séculos debaixo de camadas de asfalto ou construções que fizeram a vilazinha estufar e virar metrópole.

Em três vídeos gravados para a TV O DIA Online, Milton traz à tona os primeiros momentos do Rio de Janeiro, desde a França Antártica. Com bom humor, revela que desde os primeiros instantes o sol foi um dos aliados da futura cidade. Os portugueses, segundo Milton, escolheram estrategicamente a parte da manhã para entrar na Baía de Guanabara em 1º de março de 1565.


A ideia era ofuscar com a luz solar a visão dos franceses, havia dez anos únicos donos daquele paraíso. No passeio, Milton esteve no monumento a Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo, e demonstrou o quanto o sol foi amigo. Depois do desembarque, a cerimônia de fundação. Nada de tapete vermelho ou bandinha de música. O grupo que fundou a cidade levou apenas uma porta, que cravariam em muro, erquido com areia e toras de madeira. Estácio bateria nela para simbolizar a criação da cidade. 

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