Recado para a direção do PDT

A convenção realizada na última sexta-feira oficializou o apoio do PDT ao candidato do PMDB à reeleição, Sergio Cabral. Pois bem. A decisão foi da executiva do partido. Poucas pessoas se manifestaram contrárias, entre elas os deputados Wagner Montes e Paulo Ramos. Mas a decisão da maioria venceu, e o partido está com Cabral.
No meu entender, dois fatores contribuíram para a decisão: a ausência de um nome forte no partido, e a fraca formação e capacitação de novos quadros. Desde a morte de Brizola, há 6 anos, o PDT não tem um referencial de peso, com algumas exceções regionais. No Rio, algumas até se destacam, como o próprio Wagner Montes, Paulo Ramos, Cidinha Campos, os irmãos Brizola Neto e Leonel Brizola Neto e o presidente do partido, Carlos Lupi. Mas, com todo respeito, é preciso amadurecer a idéia a respeito desses nomes, e é necessária a coesão partidária. O PDT precisa trabalhar uma candidatura forte, e ideológica. Um novo Brizola não vai surgir tão cedo, sabemos disso, mas se existir no partido alguém que tenha 20% de sua ideologia, força de vontade e coragem, o PDT avançará.
Mas para isso se faz necessário, também, a renovação do PDT. Precisamos oxigenar o partido, com novos quadros, investimento nos movimentos (MAPI, JS, MN, AMT), capacitação política, iniciação teórica e filosófica, e claro, criar espaços dentro das estruturas partidárias. Reconhecimento, respeito e incentivo.
É disso que o PDT está precisando. Espero que, nas próximas eleições, nosso partido tenha uma candidatura forte, popular, socialista e autenticamente brizolista.

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